Uma menina estranha…

Uma menina estranha. Que muitas vezes não sabe o que fala. Que muitas vezes não sabe o que sente. Que muitas vezes não sabe o que pensa.

Às vezes ela pensa em uma só coisa. Muitas vezes em uma só pessoa. Mas tem vezes que ela mistura tudo e cria uma história ou um momento que ela queria que acontecesse.

Muitas vezes ela pensa em tantas coisas, que ela realmente não entende nada. Algumas vezes, o que ela quer que aconteça, acontece. Às vezes não. 

Em muitas ocasiões, quando ela consegue o que quer, ou realiza o que sonha, dura muito. Em algumas outras, pouco. Mas o mais importante: A maioria das vezes dura tempo suficiente para se tornar inesquecível. 

Algumas coisas que ela diz ou ouve, ela quer fingir que não falou ou ouviu, ou quer esquecer. Mas às vezes, ela quer se lembrar pra sempre. Quando acontece, ou quando ela sonha que acontece. Nessa ocasião, ela quer fingir que não foi só um sonho.

Uma menina batalhadora. Que luta pelos seus objetivos e não só pelos seus. Pelos objetivos de seus amigos, de sua família, também. Porque, essa menina nunca soube ser egoísta. Mesmo se ela quisesse. Ela nunca conseguiu.

Ela é uma menina que gosta de ganhar, conquistar, vencer na vida. Mas que as vezes perde. Mas nem por isso ela fica triste. Pois perder também significa crescer como pessoa.

Seus amigos, os verdadeiros, ou melhor, os poucos, dizem que ela é uma boa amiga. Ela é extrovertida. Ela é conselheira, é carinhosa. É amável em muitos momentos, mas em outros tantos tem que dar uma patada nela para ela parar de ser tão pessimista.

Uma menina que depois de um dia que já tentou tirar a sua própria vida, consegue viver ela com leveza, felicidade. Quase sem obstáculos, quase sem problemas. Simplesmente, ela não se irrita mais. Porque se irritar não leva a nada.

As vezes um minuto dura uma eternidade para ela. Mas as vezes, uma hora passa rápido demais. Mas ela sabe aproveitar a vida e todas as oportunidades que a vida proporciona a ela .

Uma menina que ama sem ser correspondida, mas e daí? O que importa, é amar. Ao menos para ela. Ela se sente feliz e realizada só em amá-lo. Mesmo que não seja recíproco.

Essa menina, sempre tenta ajudar os outros, a ela mesma, e até os que ela não conhece, sempre que pode. Prestativa, curiosa, criativa. Engraçada, moleca, bipolar. Madura em alguns momentos, imatura em outros.

Tem dias que quer voltar a ser criança, mas tem dias que quer dar uma de mãe, de adulta, mesmo sabendo que é apenas mais uma adolescente, estranha de maneira boa, e fora de padrão.

Uma menina igual a muitas em alguns ”quesitos”. Mas diferente de outras muitas em outros ”quesitos”. E quem é essa menina, de quem tanto falo e sei de coisas incríveis ou até dispensáveis, ou sem muita importância, sobre ela?

Essa menina sou eu. Sim, Caroline Oliveira, 16 anos. Uma menina pronta para qualquer parada, qualquer reviravolta e qualquer oportunidade que a vida há de me proporcionar.